Mata Hari: fascinante espiã
Em outubro de 1917, em seu último gesto sedutor, Mata Hari jogou um beijinho para a tropa de fuzilamento. A prostituta - e secretamente espiã alemã - havia rodado o ambiente militar da Tríplice Entente e comprometido segredos de guerra importantíssimos, como a nova arma inglesa: o tanque de guerra. Ela foi executada respondendo pela morte de mais de 50 mil pessoas.
Mike Jones: herói dos homossexuais
Ted Haggar, o Pastor preconceituoso e Homossexual | ! |
Escandalizado com a hipocrisia de seu amante, Mike foi a um programa de rádio e contou cada detalhe sórdido da relação dos dois. A notícia não foi o bastante para fazer com que o referendo fosse um sucesso para a causa gay, mas, ao menos, a comunidade GLSBT teve o gostinho de ver o reverendo sendo expulso da igreja e virando um vendedor de apólices de seguro.
Valerie Jean Solanas: quase-assassina de Warhol
Durante a década de 60, a “Factory” de Andy Warhol - estúdio do artista que se transformou em refúgio para excêntricos e aqueles que só queriam curtir uma viagem de anfetamina – estava a toda produção e de portas abertas a quem interessasse. Até que uma dessas excêntricas, a ex-estudante de psicologia e prostituta Valerie, apareceu em sua porta com uma peça chamada “Dentro da sua bunda” (uma delicadeza de menina, não?). Warhol achou que a peça era chocante demais até para ele. Deu apenas um papel para ela em outra de suas produções e a pagou US$ 25 pelo serviço.
Depois disso, Valerie chegou ao pico de sua loucura. Em junho, deu um tiro em Warhol que quase lhe tirou a vida. Ela se entregou no mesmo dia, passou três anos presa e muitos indo e voltando de manicômios. Em liberdade, infernizou Warhol por telefone até o fim de seus dias, quando foi encontrada em decomposição em seu quarto alugado. Quanto à Factory, infelizmente nunca mais foi tão aberta às massas absurdas que inspiravam a pop art de Wahrol. Com seu corpo para sempre danificado pelo tiro, Warhol achou melhor dedicar sua atenção a alguns amigos ricos e celebridades – que provavelmente não atirariam nele.
Belle de Jour : a prostituta nerd
Belle de Jour,
Sua identidade permaneceu em segredo até novembro de 2009, quando um ex namorado furioso ameaçava expô-la. Antes que ele fizesse isso, ela veio ao público por conta própria e chocou a todos. Era a Dr. Brooke Magnanti, uma loira belíssima que passava seus dias pesquisando o câncer infantil. Explicou a todos que se prostituíra para conquistar a estabilidade financeira que lhe permitisse escolher a área científica de que mais lhe agradasse.
Geórgia Beyer: primeira prefeita transexual do mundo
George nasceu em 1957 e cresceu como um garoto do campo na Nova Zelândia. Quando completou 17 anos, descobriu o mundo das drag queens e passou a fazer shows e a se prostituir. Assim, George economizou dinheiro para se tornar Georgina. Essa nova mulher se dedicou à vida de atriz e, logo de assistente social. Mesmo causando impacto a princípio, logo ela encantou a todos e teve grandes conquistas, como melhorar o sistema educacional local. Em 1995 foi eleita a primeira prefeita transexual do mundo. Em quatro anos, ela chegou ao Parlamento, onde lutou pelos direitos dos gays até 2007, quando se aposentou.
Carol Leigh: a sindicalista
Se você tem direito a plano de saúde, férias remuneradas e acha que todos os seus direitos trabalhistas são muito justos, por que as prostitutas não poderiam pensar o mesmo? A ativista Carol Leigh conquistou direitos para as prostitutas em São Francisco, na Califórnia. Desde os anos 70, sob o codinome Scarlot Harlot, ela trabalha como advogada, prostituta e vídeo artista. Hoje, é consultora internacional em direitos das profissionais do sexo para África do Sul, Tailândia, Hungria, entre outros países. Para ela, o mundo ideal é aquele em que, além de ter uma profissão legalizada, as prostitutas têm aulas grátis de defesa pessoal, preservativos e educação sexual, oportunidades de estudo e até o direito de – como aconteceu na França - escrever ao presidente reclamando que as estrangeiras estão roubando seus empregos.
Ana Bolena: amante religiosa
Reprodução: Creative Commons
Jim Carroll: poeta, prostituto e astro do rock
Se tem alguém que deve agradecer a este prostituto ilustre é Leonardo DiCaprio. Foi interpretando sua autobiografia em Diário de um drogado – do livro Diário de basketball – que o ator ganhou fama e começou uma carreira séria. Assim como no filme, Carroll se prostituía para sustentar seu vício. Apesar disso era um escritor genial, músico brilhante e até roteirista de alguns dos filmes de Andy Warhol. Em toda a década de 80 e 90, seu livro foi leitura obrigatória para os jovens.
As vítimas de Jack, o estripador
As vítimas de Jack, o Estripador são quase mártires da categoria. O serial killer fez uma fama negra por estrangular prostitutas e, depois, desfigurar seu rostos, genitálias e retirar seus órgãos. Seus crimes, entre 1888 e 1891, criaram pânico geral e também fizeram com que o governo local passasse a prestar mais atenção nas prostitutas da região, oferecendo a elas melhores oportunidades.
Aileen Wuornos: porque mulheres também são serial killers
Reprodução: Wikimedia Commons
Se Jack, o Estripador, era um homem que matava prostitutas, Aileen era seu exato oposto: uma prostituta que matava homens. Sua mãe a abandonou quando ela era ainda criança e, em sua adolescência, o pai foi preso por prática de pedofilia. Para se sustentar, ela se tornou prostituta e passou a matar caminhoneiros na beira da estrada. Sete assassinatos depois, Aileen foi presa e passou mais de uma década no corredor da morte. Até que, um dia, demitiu todos seus advogados e disse que queria morrer. “Eu sou uma pessoa que odeia profundamente a vida e mataria de novo”, ela disse.
Não entendi o porquê do Mike Jones estar na lista... Ele não é prostituto!!
ResponderExcluirSó uma correção: é Georgina Beyer e não Georgia Beyer. E mancada chamar o Mike Jones e a Anna Bolena de prostitutos.
ResponderExcluirNo geral, ótimo post!